sábado, 13 de setembro de 2008

Quero lutar com você...

25 anos de casados. Foi o que seus pais comemoraram ontem. Hoje estão a caminho da Europa onde pretendem descansar, (re) visitar e degustar os mais elaborados pratos e vinhos de todo o Mediterrâneo. Eles ficarão longe por 1 mês. 30 longos dias...

A tarefa mais chata que ela tem para fazer, enquanto seus pais estão fora é levar seu irmãozinho de 5 anos às aulas de judô. Uma hora do seu dia perdida assim, só para observar o irmão. Duas vezes por semana... O que diabos eu vou ficar fazendo enquanto essas crianças se matam em plena aula?

No primeiro dia levou um livro. Tão logo bateu os olhos no professor sabia que não leria nada naquele lugar. Ele era alto, cabelo raspadinho, pele morena e de olhos castanhos. O corpo só podia ser escultural, com músculos bem definidos. Ela não podia afirmar isso, pois o quimono escondia todo o objeto de desejo. Aquele que ela sentiu brotar num simples piscar de olhos...

Todas as cadeiras já estavam ocupadas por mães, babás e irmãs. Resolveu sentar no chão - como os índios - porque ficar de pé, aquela altura, era quase impossível. A voz dele era tão grave e cada comando para os pequenos parecia ser dirigido à ela. Todo mundo correndo, ele dizia. Ela pensava, só se você vier atrás de mim e me agarrar com tudo. Agora todo mundo fazendo flexão! Só se eu estiver embaixo de você e te prendendo com força entre as minhas pernas... Agora um pouco de abdominal, pessoal! Só se eu estiver sobre você requebrando sem parar... Ficou ruborizada com seus próprios pensamentos. O que significava dizer que estava ficando com tesão...

Enquanto ele falava, ela já se imaginava numa aula particular com o 'mestre'. Totalmente submissa, mas não sem antes ter lutado e cravado unhas e dentes... Ainda no aquecimento, os alunos escalavam o professor rumo ao topo. Encostar a mão no teto era o objetivo. Ela começou a sentir calor, muito... Os pequenos subiam, colocavam os pezinhos em suas coxas, se agarrando em seu pescoço e montando em suas costas. Estava passando mal só de imaginar o que ele não faria com ela e aquela força animal reprimida para não machucar as crianças. Como ela queria ser violentada por aquelas mãos. Sentir aqueles dedos compridos deslizando sobre o seu corpo, apertando sua carne... Olhou ao redor e viu mães conversando, babás folheando revistas de fofocas e relaxou... Estava longe de ser o centro das atenções, mesmo explodindo de tanto desejo.

Queria descer a calça, arrancar a própria calcinha e acabar com aquela urgência pelo corpo do professor, mas não podia. À essa altura, ele já estava direcionando os alunos para a luta, corpo a corpo. Olhar um brutamontes daquele "lutando" com uma criança quase indefesa atiçou ainda mais sua libido. Meu Deus, como queria ser eu aí, nesse tatame e te desafiando sem parar! Estava suando e sua respiração acelerada, entrecortada. Precisava se tocar, desesperadamente! Estava de tênis, com as pernas cruzadas. Já que não posso usar a mão, vou tentar com o pé, pensou. E começou a roçar o seu calcanhar em seu sexo, bem devagar... Enquanto movia o pé pra frente e pra trás, o calcanhar roçava mais e mais forte... Estava dando certo... Apoiou suas mãos às costas e arqueou o corpo de forma que o pé fosse mais pra baixo. Ah que perfeito, agora vou perder o controle mesmo! Começou a remexer o quadril de maneira quase que imperceptível e se deixou embalar por ondas 'contidas' de prazer...

Não sabia se estava sendo observada, não sabia se seus gemidos foram baixos o suficiente para não serem ouvidos, não sabia de mais nada... De olhos fechados, alheia ao mundo e a situação, pôde atender a alguns pedidos e anseios do seu próprio corpo. Não vê a hora de voltar para perto daquele tatame para mais uma 'aula'. Ao observar as crianças e seus movimentos vai aprendendo como lutar. Ela ainda há de derrubar e lutar com aquele professor...

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