quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sympathy for the devil?

Bom, eu não tenho nenhuma. Agora, o que eu fiz pra ele viver no meu encalço, eu não sei dizer. Nas minhas loucuras mais desvairadas, ele está lá: achando graça e rindo às minhas custas. Quando tenho vontade de dar só uma nadadinha no poço, ele insiste em me cansar pra tentar me afogar, puxando um dos meus pés bem pro fundo. Quando eu bebo e faço cagada (nunca as duas coisas juntas, óbvio), ele insiste pra que eu me lembre da cagada, todo santo dia. No mais, quer fazer com que eu sinta culpa, muita culpa. Por mim, por ele, pelo mundo, por tudo. Toda vez! É um ser nojento, mesquinho e fdp! De mim, consegue quase tudo o que quer. Maldito!

Sim, ele sabe que malditos são os meus vícios. Aqueles que ele coloca no meu caminho pra me derrubar. Aqueles que eu não consigo largar e alguns eu nem quero mesmo. Foda-se! Isso mesmo, devil (you bastard), stay here with me nessa minha hora perdida. Tô aqui, tentando te encarar, bebendo, embriagando a minha mente, queimando a minha garganta, enganando a minha fome só pra te mostrar que você pode me perseguir à vontade e até o fim do mundo. I don’t fucking care! Isso mesmo, eu me rendo aos meus vícios, todos eles! Manda mais, inventa mais, me derruba mais, me fode mais a vida! Sim, eu aceito de bom grado dar uma voltinha com você pelo seu inferno. Só não espere que eu fique aí, porque eu volto pra cá (não importa o quanto seja tentador). No fundo, tô me destruindo por dentro porque estou me preparando pra algo que você não me permite nunca. Algo que você não pode me proporcionar nem que você queira: sossego. É o que eu mais quero.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Minha cena

Hey my love,
Aqui onde moro está mto frio. Você não mora aqui, mas por alguma razão, você se faz presente nesta minha cena. O que visualizei foi o seguinte:

Hoje você deixou de sair pra balada e ficou com a Lê. Isso mesmo: você esteve na casa dela pra assistir filme, deitado no sofá e com edredom bem quentinho. Assistimos "Hitch - Conselheiro Amoroso"... Vc até deu risada, mas a Lê quase chorou em alguns momentos (ainda bem que vc nem percebeu!). Tomamos vinho e comemos pipoca. Eu sei: é uma combinação bizarra, mas vc cortou os meus chocolates – damn it! O filme acabou, me virei pra vc, te olhei com toda a intensidade do mundo! Toquei meus dedos suavemente nos seus cabelos, nos seus olhos... No seu nariz... Na sua boca e te dei um beijo de boa noite. Me virei de costas pra vc, ficamos de conchinha, bem juntinho debaixo do edredom. Você acariciava meus cabelos até descobrir a minha mancha de nascença, aquela que é enorme (e parece o mapa do Brasil de ponta cabeça) bem na nuca. Fez o contorno dela várias e várias vezes enquanto cantava pra eu dormir... E foi assim: bem feliz da vida, que adormeci em seus braços...

Assim teria sido a nossa noite chuvosa de sexta feira, se vc estivesse aqui e não fosse apenas fruto da minha imaginação...