sexta-feira, 31 de julho de 2009

Vício

Um novo vício chamado língua...
Ou melhor: idioma.
Livemocha
Enjoy!

domingo, 26 de julho de 2009

ps: anônimo

Não sei quem você é. Não sei se é homem ou se é mulher. Não sei de onde veio nem para onde vai. Desconheço suas crenças. Não sei da sua família, da sua vida, não sei nada. E mesmo assim, você fez a diferença. Mesmo assim eu penso em você. Nas coisas que deixou de fazer. No que te aconteceu ou em como as pessoas que você amava estão. Como pode um único fato proporcionar sentimentos tão diametralmente opostos àqueles que estão envolvidos? É difícil... A minha alegria acarreta a tristeza de alguém importante pra você. Mas ao mesmo tempo eu penso que você fez uma escolha. Simples - ou de repente nem tão simples assim -, mas o seu gesto foi extremamente nobre e humano. Uma única escolha que representa vida nova para tantas outras, apesar da dor e sentimento de perda que permanece para aqueles que estavam ao seu lado. Rezo por eles. Rezo por você e agradeço todos os dias. Porque o seu rim possibilitou e deu nova vida ao meu pai. Muito obrigada...

sábado, 25 de julho de 2009

Continuar

Continuo a te buscar, mas você já não quer ser encontrado.
Continuo a te sentir, mas não com a mesma intensidade de antes...
Continuo a falar e a perguntar, mas você não me responde.
Continuo a ouvir, mas seu silêncio já não me diz nada...
Mas eu continuo. Sabe-se lá o porquê.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Deadline

Já são quase 23h e eu ainda estou escrevendo a 7a página de uma história que eu comecei há umas 4h. Na verdade é mais um capítulo de um romance, mas deixei meu personagem tão complexo e ambíguo que por vezes fica difícil determinar onde ele começa e eu termino. Ou vice versa. Hoje está simplesmente impossível entrar na cabeça daquele homem xucro e turrão. Será que eu sou assim mesmo? A essa hora você deveria estar em casa. Anda estressado com o trabalho e resolveu sair para beber com os meninos. Esqueceu que eu tenho um puta deadline pra cumprir e também queria a sua companhia: me acalmando e sendo paciente com o meu desespero. Não faz drama, pequena! Vai dar tempo perfeitamente!
Ao me espreguiçar, olho para o lado. Minha vista já cansada consegue visualizá-lo entrando no quarto. Anda em minha direção, depois de largar seus pertences todos em cima da cama. Me beija a testa e pergunta sobre a minha produção. Vai para o banho enquanto eu solto e desamarro todos os meus lamentos. Sempre vou atrás de você. É a minha recompensa depois de horas de trabalho. Eu não sei o que é, mas o seu ritual me acalma. Me dá idéias. Não para a história do homem xucro e turrão, mas para a minha.
Recomeço a digitar, mas já estou tão cansada que não ouso revisar nada. Estou no meu limite físico e mental. Cinco linhas depois e eu disperso de novo. Sua presença - fruto da minha imaginação - se faz novamente no quarto. Não ouso te olhar porque meus olhos entregariam o grito de socorro que eu não quero dar... E eu continuo.
...Toda vez que ele lê aquele nome, - onde quer que seja -, ele sorri. Um sorriso contido, meio triste, daqueles que guardam as lembranças de um tempo bom, mas que já não volta mais... Um sorriso que lembra saudade. Nunca soube ou entendeu o porquê do fim. Mas ele veio. Cruel e devastador. Escorraçou toda a ingenuidade do sentimento. Aquele que cresceu devagar para se transformar no 'complexado amor': sólido, firme e consistente. Pelo menos pra ele foi assim. Durou e ainda dura em seu coração agora amargurado. Ela partiu deixando para trás sonhos compartilhados, beijos apaixonados e abraços intermináveis. Mas ele não consegue chorar. Ou melhor, ele se nega. Daquele nome ele esperou tudo, mas terminou com um grande nada... Um vazio que consome a alma...
E agora ela chora, com seus dedos finos apoiados ao teclado. Seus olhos lacrimejam a história do homem xucro e turrão. Soluça e lamenta algo que consome as suas energias. Uma história que poderia ser a dela. Porque ela já não entende e não sabe onde ela mesma começa... E ele termina...