domingo, 31 de maio de 2009

Orfandade

Órfã de você eu fiquei.
Foi só eu te descobrir e te gostar para você partir.
Como tantos fazem. Foi embora de vez e já não existe volta.
Só me resta olhar para trás. Se vou sentir saudade?
Se vou continuar carregando novas dores?
Se vou lembrar dos velhos amores?
Se as alegrias esporádicas me encontrarão pelo caminho? Certamente que sim...
Mas de repente, não mais que de repente, me vi órfã de me encontrar por entre seus pensamentos confusos.
Aqueles que tanto me fascinaram um dia porque foram os únicos em que consegui me reconhecer. Você sempre falou e se expressou para mim.
Quanto egoísmo o meu. Quanta saudade. Quanto amor. Quanto tesão. Quanta decepção.
E no entanto, me sinto orfã de todos estes entusiasmos mutáveis e contraditórios, mas sempre sinceros que poucos - como você - conseguiram aflorar.
Órfã de me enxergar e de poder me buscar - por e através - de você.
Te buscaria sempre. De novo e de novo.
Não importa o tamanho da dor que a sua ausência me causa.
É pior que qualquer vício.
Orfã de suas estórias de amor eu estou.
Órfã de mim mesma.
Órfã da sua vida entrecruzando à minha.
Órfã de nossas almas que talvez nem fossem gêmeas, mas se entendiam.
Como poucas...
Maldita a hora em que fui me acostumar...

2 comentários:

Só para raros disse...

Uia...

Letícia disse...

Yeah, I know... :)
Cadê tu? Já foi??? Me conta coisas pois sinto saudade, srto...