sábado, 7 de novembro de 2009

Relatividade


Um dia falta tempo.
No outro parece sobrar.
Um dia você faz tudo o que pode.
No outro não faz absolutamente nada.
Um dia você ri até sua barriga doer.
No outro você chora até as lágrimas incharem o seu rosto.
Um dia você estuda.
No outro aprende.
Em outros você não estuda e também não aprende.
O que não quer dizer absolutamente nada.
Um dia você é o único na vida de uma pessoa.
No outro você é só mais um entre dezenas, centenas ou milhares.
Um dia você é o amor da vida de alguém.
No outro você ficou para trás e esse alguém nem lembra o seu nome ou o porquê te amou um dia.
Um dia te dizem que é pra sempre.
E no dia seguinte aquilo que era pra sempre acabou por morrer ontem mesmo.
Um dia te dizem nunca faça isso.
E no outro dia você faz exatamente o que não deveria. Quem mandou dizer que não pode?
Um dia você faz cagada e se arrepende.
Em outros você está tão puto de fazer cagadas que já não se arrepende de mais nada.
Um dia você pensa - exageradamente - que vai morrer depois de todas as frustrações, decepções e problemas intermináveis da sua vida.
E no outro você descobre que vai sobreviver a tudo isso, viver e reviver momentos muito melhores. Porque o bom da vida está no equilíbrio de todas as forças. Sempre.
Um dia você vive com toda a intensidade do mundo: sentimentos e atitudes transbordando o seu ser. Adrenalina a mil.
No outro você é apenas mais uma carcaça remendada por todos os lados pela mais completa e significativa indiferença. Essa sim é de matar.
Um dia você vai entender que não é apenas uma questão de tempo, pois o tempo é relativo. É só tempo que passa igual pra todo mundo.
Um dia você vai perceber que é uma questão de vida. Essa sim é diferente pra cada um.
E quando esse dia chegar você vai se dar conta - finalmente - que um dia...
Pode ser só mais um dia. Pode ser pouco, mas também pode ser muito.
Porque o tempo não respeita a vida, mas a vida também sabe abusar do tempo...

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