segunda-feira, 13 de abril de 2009

Mundo pequeno

- É uma coisa da minha cabeça procurar a motivação de um acontecimento e tentar eliminar o acaso.
Por um acaso você está querendo dizer que eu sou este acaso? Ela pensa antes de responder:
- Olha, não sei explicar o porquê a gente voltou a conversar. Simplesmente aconteceu. Você não gostou? Tem algum problema? Estou ficando confusa, como se tivesse pisando em ovos pra falar com você...
- Se você está pisando em ovos é porque está sem jeito. Se está sem jeito é porque tem motivo. E se tem motivo eu quero saber. Me conta, vai...
- Achei que já tivesse contado antes. Não podemos simplesmente deixar 'as coisas' como estão?
- Você quis saber o que acontece e eu respondi. Não me pergunte o nome do que rola, mas claro que alguma coisa rola. Se foi e é algo natural, deixemos como está. A gente continua conversando, afinal você me faz bem. O que é que tem?
- Não tem nada. Quem está encucado com alguma coisa é você. Mas tudo bem, podemos deixar assim...
- O que foi?
- Nada, só estava pensando. Claramente a gente é diferente. Enquanto você tenta racionalizar o acontecido eu 'apenas' sinto sem me preocupar com o porquê das coisas...
- Não briga comigo...
- Eu não estou brigando. Me fala o que você está pensando nesse exato momento!
- Eu acho que o mundo, às vezes, podia ser mais pequeno...
- Ai que fofo! Juro que eu achei que você fosse fugir a uma resposta. Você anda meio tímido ultimamente...
- Com tanta água no meio, às vezes, fugir de uma resposta não seja timidez. Até mesmo porque a resposta está na cara... Na verdade é só uma maneira de estender essa coisa que acontece...
- E o que acontece?
- A gente ainda não sabe. Me diz o que você está pensando nesse exato momento...
- Eu acho que o mundo poderia ser mais pequeno... E que o Brasil e a Espanha fossem próximos o suficiente para que a distância pudesse ser percorrida por uma simples ponte...

Nenhum comentário: