sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

(in)diretas

Você não sabe e nem vai acreditar, mas sou um homem claro e objetivo. Isso não quer dizer que seja grosso, apenas não sei enrolar. Sou assim com qualquer pessoa e sobre qualquer assunto. Esperava que você fosse assim comigo também, mas a verdade é que você tem me confundido do início ao fim. Não consigo entender suas palavras, muito menos suas atitudes. É tudo tão incoerente...

Nem sempre tenho opinião formada sobre alguma coisa. É fato. Nesses casos, fico quieto e escuto as demais pessoas. Quando tenho que falar, falo sem pestanejar. Dou a cara pra bater, sem medo de ser (in)feliz. Só assim para crescer enquanto pessoa e fortalecer opiniões. Mas funciono assim com coisas pequenas, do cotidiano e que, às vezes, nem têm tanta importância assim. Banalidade gera mais banalidade. Esse é o meu lema! O que me preocupa é não me fazer entender em relacionamentos interpessoais. Sim, porque eu me entendo de alguma maneira! Não entendo o nosso relacionamento e nem sei dizer se temos algum... Será que dá pra ser mais (in)direta?

Há 1 mês, depois de vários sem contato, consegui beijá-la pela primeira vez. Não sei se você estava esperando, mas sei que gostou. Através do seu olhar, percebi o quanto me queria. Insisti em você, mesmo com o seu aparente (des)caso. Não me diga que foi vencida pelo cansaço porque não condiz com a urgência dos seus lábios colados e brigando junto aos meus. Você me queria tanto quanto eu te queria. Foi um ataque surpresa: você deu bobeira e eu aproveitei. Você deixou-se aproveitar. E foi bom, muito bom. Algo arrebatador...

Não me preocupei em pegar seu telefone, nem você o meu. E agora? Quero falar e sair com você, mas não sei exatamente o que dizer. Estávamos pra lá de bêbados quando tudo aconteceu? Poderia beijá-la de novo sem achar que seu irmão, meu brother, me excluiria da sua lista de amigos? Você me 'joga' algumas (in)diretas e eu respondo com algo que julgo (in)direto. Como diabos vamos no entender? Sejamos honestos com relação ao que sentimos ou queremos, pelo amor de Deus!

Trocamos mensagens banais e até mesmo estas já me perturbam. Sempre procuro algo nas entrelinhas. Algo que talvez (in)exista. A sensação de estar pisando em ovos ainda é grande. Das duas uma: ou você é a mulher mais cruel que já conheci na vida ou decididamente é a melhor de todas! Me deixou sem rumo, sem me entender, mas louco pra passar mais tempo com você. Não sei dizer quanto tempo... Você é um poço de mistérios a descobrir...

Estou confuso e ansioso, mas ao mesmo tempo feliz e esperançoso. Estou sendo brega, eu sei! Te quero, mas não sei dizer o que você quer. Uma hora diz uma coisa, na outra se contradiz inteira. A sua (in)decisão leva à minha. Caceta! Ou eu sou muito burro ou você gosta de fazer os outros sofrerem com essa sua aparente (in)diferença. No fundo, como toda mulher, você quer ser (re)descoberta e amada pela contradição ambulante que é. O que você não sabe é que eu estou mais do que disposto a ir até o fim com você. Até o ponto em que todos os seus mistérios me sejam revelados para que alguns novos possam (re)nascer.

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